Textos do Episódio
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Emily Dickinson
Poem 72
Glowing is her Bonnet,
Glowing is her Cheek,
Glowing is her Kirtle,
Yet she cannot speak.
Better as the Daisy
From the Summer hill
Vanish unrecorded
Save by tearful rill —
Save by loving sunrise
Looking for her face.
Save by feet unnumbered
Pausing at the place.
***
Emily Dickinson
Poema 72
tradução de Fabio Malavoglia
Radiante na sua boina,
Radiante na sua face,
Radiante em sua saia,
Embora não falasse.
Assim a Margarida
No topo do Verão
Esvai-se não notada
Do rio choroso em vão —
Em vão a aurora amante
Na face assim olhada.
Em vão os pés de tantos
Pararam em sua morada.
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Omar Khayam / by Edwaerd FitzGerald
rubai LIX
The Grape that can with Logic absolute
The Two-and-Seventy jarring Sects confute:
The sovereign Alchemist that in a trice
Life's leaden metal into Gold transmute.
***
Omar Khayam / por Edward FitzGerald
rubai LIX
tradução de Fabio Malavoglia
O Poder da Vide com Lógica absoluta
As Setenta e Duas Seitas destoantes refuta:
A soberana Alquimista que num átimo
Ao Chumbo da vida em Ouro transmuta.
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Malba Tahan
Dedicatória (de “O Homem que Calculava”)
À memória dos sete grandes geômetras
cristãos ou agnósticos:
Descartes,
Pascal,
Newton,
Leibnitz,
Euler,
Lagrange,
Comte,
(Alá se compadeça desses infiéis!)
e à memória do inesquecível matemático, astrônomo
e filósofo muçulmano
Buchafar Mohamed Abenmusa Al-Kharismi
(Alá o tenha em sua glória!)
e também a todos os que estudam, ensinam ou admiram a prodigiosa ciência das grandezas, das formas, dos números, das medidas, das funções, dos movimentos e das forças,
eu,
el-hadj xerife
Ali Iezid Izz-Edim Ibn Salim Hank Malba Tahan
(Crente de Alá e de seu santo profeta Maomé),
dedico
esta desvaliosa página de lenda e fantasia.
De Bagdá, a 19 da Lua de Ramadã de 1321
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Pitágoras
dos “Versos de Ouro”
(a partir da tradução espanhola de Laura Robecchi)
Verso 32. Não deves descuidar da saúde de teu corpo
Verso 33. Porém conceder-lhe, com medida, a bebida, a comida e o exercício
Verso 34. Chamo medida ao que nunca te entristecerá
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William Shakespeare
Sonnet 72
O, lest the world should task you to recite
What merit lived in me that you should love,
After my death, dear love, forget me quite,
For you in me can nothing worthy prove;
Unless you would devise some virtuous lie,
To do more for me than mine own desert,
And hang more praise upon deceasèd I
Than niggard truth would willingly impart.
O, lest your true love may seem false in this,
That you for love speak well of me untrue,
My name be buried where my body is
And live no more to shame nor me nor you.
For I am shamed by that which I bring forth,
And so should you, to love things nothing worth.
***
William Shakespeare
Soneto 72
tradução de Fabio Malavoglia
Ah, não queira o mundo como tarefa impor-te
Contar os méritos em mim que tu amavas,
Olvida-me de todo, amor, após a minha morte,
De mim sem provas de alma honrada e brava.
A menos que em nobre mentira o teu assunto
Venha a fazer por mim mais que eu mereço,
Erguendo mais louvores de mim ora defunto
Do que a verdade avara diria por bom preço.
Ah, não venha teu verdadeiro amor a soar falso
Se por amor a mim bela inverdade incluas,
Sepulto o corpo também do nome me descalço
E não mais viva para vergonha ou minha ou tua.
Pois me envergonho de tudo aquilo que eu trouxe à cena,
E assim devias, pois nada amastes que valesse a pena.
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