Ramsés II Love poem in the tomb wall of Nefertari My Love is unique, no one can rival her.
For she is the most beautiful woman alive.
Just by passing, she has stolen away my heart.
She who fills the colonnaded halls with her perfume from the land of Punt.
Her perfect breasts are draped in the finest of white linens. Slender neck.
Gold is nothing compared to her arms. Her fingers are like lotus petals. Her waist is narrow. Round buttocks.
Her skin is as fair and soft as milk.
Her hair is the color of the dark eclipse.
Beautiful of face.
My love for her is unique, no one can rival her.
She is the most beautiful woman in the world.
Beloved of Mut, Nefertari. The Beauty of The Beauties.
***
Ramsés II
Poema de Amor na tumba de Nefertiti
tradução de Fabio Malavoglia da versão inglesa sem Autoria indicada
Meu Amor, a única, ela não tem rival.
Pois ela é a mais bela mulher viva.
Só por passar, roubou-me o coração.
Ela inunda as salas das colunas com seu perfume da terra de Punt.
O linho mais fino e branco envolve seus seios perfeitos. O colo é esbelto.
O ouro é nada perto de seus braços. Seus dedos são pétalas de lótus.
A cintura é estreita. As nádegas rotundas.
A pele é como o leite, clara e macia.
Seu cabelo tem a cor do negro eclipse.
Belíssima de rosto.
Meu amor por ela é único, ela não tem rival.
Pois é a mais bela mulher no mundo.
Amada de Mut, Nefertiti. Beleza das Belezas
Percy Bysshe Shelley
Ozymandias
I met a traveller from an antique land
Who said:-Two vast and trunkless legs of stone
Stand in the desert. Near them on the sand,
Half sunk, a shatter'd visage lies, whose frown
And wrinkled lip and sneer of cold command
Tell that its sculptor well those passions read
Which yet survive, stamp'd on these lifeless things,
The hand that mock'd them and the heart that fed.
And on the pedestal these words appear:
"My name is Ozymandias, king of kings:
Look on my works, ye mighty, and despair!"
Nothing beside remains: round the decay
Of that colossal wreck, boundless and bare,
The lone and level sands stretch far away. *** Percy Bysshe Shelley
Ozymandias tradução de Fabio Malavoglia E me contou o viajante de uma terra antiga:
– Duas pernas pétreas altas e sem busto
Sobre o deserto sobem. Ao lado abriga
A areia, meio afundado, um rôto rosto
De lábio cru, sarcasmo e mando frio
Que se entrevê, nessa coisa sem vida,
Pois bem captou aquele que o esculpiu
O coração voraz e a mão cruel dele movida.
"Meu nome é Ozymandias, Rei de Reis”
Gravadas as palavras estão no pedestal:
“Vide o que fiz, ó Poderosos, e tremei!”
Mas nada mais restou: apenas ronda
A colossal ruína, o ermo areal
Que no sem fim a solidão alonga
Mary Elisabeth Coleridge
Egypt's might is tumbled down Egypt's might is tumbled down
Down a-down the deeps of though;
Greece is fallen and Troy town,
Glorious Rome hath lost her crown,
Venice' pride is nought.
But the dreams their children dreamed
Fleeting, unsubstantial, vain,
Shadowy as the shadows seemed,
Airy nothing, as they deemed,
These remain. *** Mary Elisabeth Coleridge
O poder do Egito já tombado
tradução de Fabio Malavoglia
O poder do Egito já tombado,
Grau a grau decaído o pensamento;
Grécia e Tróia com a queda como Fado,
O Império de Roma destronado,
De Veneza todo o brio aniquilado.
Mas os sonhos por seus filhos já sonhados
Intangíveis, tão fugazes quanto vãos,
Ora sombras feitas sombra a seu malgrado,
Não são tênues, apesar de assim chamados,
E perduram no vestígio do que são!
Das histórias do Mulá Nasrudin O conquistador
– Nasrudin! – gritou um poderoso general, à frente de suas tropas, ao avistar o famoso sábio! – que feliz encontro! Você pode me ajudar no meu dilema! Tenho pensado que todos os grandes conquistadores tiveram um apelido em que aparecia o nome de Deus: Átila, o flagelo de Deus! Ramsés, o eleito de Deus! E eu? Você pode me ajudar a achar um nome destes?!
O Mulá olhou bem para ele e disse: – Deus me livre!
Fabio Malavoglia Devolvam o Manto Ancestrais
objetos
de Poder
que nas mãos
dos Guerreiros
e dos Magos
catalisam
em lampejos
ofuscantes
a Energia
das esferas
celestiais:
o cajado
do supremo
sacerdote,
a espada
soberana
Excalibur,
e os anéis
que a Elfos Reis
já foram dados.
É o que diz
o Egito
quando exige
que dos cofres
que há em Londres
e Paris
os sarcófagos
sagrados
lhe retornem,
como à Grécia
de seus mármores
pilhada.
Assim nós
ecoamos
– Saravá!
que devolvam
o que foi
Tupinambá,
santo Manto
que levado
para lá,
seja Oslo,
Kopenhagen,
Amsterdã,
segue nosso
por direito
milenar,
pois os olhos
que o anseiam
não anseiam como cá,
por suas plumas
vermelhíssimas
mirar,
de aves raras
cujas vidas
já não há,
o antigo
venerado
dos pajés,
o amado
idolatrado
das mamás,
que devolvam
-nos o Manto
dos Tamoios,
que devolvam
o que foi
Tupinambá,
agora,
imediatamente,
já!
Manuel de Barros
Ruína
Um monge descabelado me disse no caminho: “Eu queria construir uma ruína. Embora eu saiba que ruína é uma desconstrução. Minha ideia era de fazer alguma coisa ao jeito de tapera. Alguma coisa que servisse para abrigar o abandono, como as taperas abrigam. Porque o abandono pode não ser apenas um homem debaixo da ponte, mas pode ser também de um gato no beco ou de uma criança presa num cubículo. O abandono pode ser também de uma expressão que tenha entrado para o arcaico ou mesmo de uma palavra. Uma palavra que esteja sem ninguém dentro (o olho do monge estava perto de ser um canto). Continuou: digamos que a palavra AMOR. A palavra amor está quase vazia. Não tem gente dentro dela. Queria construir uma ruína para a palavra amor. Talvez ela renascesse das ruínas, como o lírio pode nascer de um monturo”. E o monge se calou descabelado.
Tradução das palavras em língua Yanômami ditas no fim do Episódio Yanômami: seres humanos Parimi: eterno Mothokariwe: Espírito do Sol Tahimiriwe: protetor do relâmpago Yoasiwe: nome de um herói ancestral dos Yanômami Yoawe: nome do herói ancestral Yanômami gêmeo de Omawe Omawe: nome de um herói ancestral dos Yanômami
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