SÓ SORRISOS (do Humor Filosófico) Textos do Episódio
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O debate do filósofo das histórias do Mulá Nasrudin Um filósofo da moda marcou um debate com Nasrudin e, na hora combinada, foi até a casa dele. Mas não encontrou ninguém ali. Furioso, pegou um pedaço de carvão e escreveu na porta do Mulá: “IMBECIL”. Assim que chegou em casa e viu aquilo Nasrudin correu até a residência do filósofo. “Mil perdões” – disse – ”eu tinha me esquecido que você viria. Peço desculpas por não estar em casa. Naturalmente, lembrei-me do nosso compromisso assim que vi seu nome assinado na minha porta…”
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Fernando Pessoa
Quanto ao Caso de Nietzsche... (fragmento)
...em Nietzsche a contradição de si‑próprio é a única coerência fundamental, e a sua verdadeira inovação é o não se poder saber o que foi que ele inovou.
São inúmeros, em todo o mundo, os discípulos de Nietzsche, havendo alguns deles que leram a obra do mestre.
A maioria aceita de Nietzsche o que está apenas neles, o que, de resto, acontece com todos os discípulos de todos os filósofos. A minoria não compreendeu Nietzsche, e são esses poucos os que seguem fielmente a doutrina dele.
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Ainda Não conto dervixe sobre a conversa entre um rei e um Sábio Um Imperador perguntou a um Sábio da sua corte: "O que acontece com um homem iluminado após a morte?" "Como eu poderia saber?", respondeu o Sábio. "Porque o senhor é um mestre... não é?" respondeu o Imperador, um tanto decepcionado. "Sim Majestade," disse o Sábio suavemente, "mas ainda não sou um mestre morto."
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Alberto de Oliveira
das Notas de um Veranista / 5 de fevereiro
À hora do correio.
De quem será, pergunto a cada instante,
A carta que lhe veio?
Será do noivo? Terá noivo? amante?
Leu-a, depois no seio
Guardou-a, ao pé da cruz de ouro e brilhante;
Agora ledo e cheio
De gracioso sorriso é o seu semblante.
Ri-se, ri-se-me, como que a ventura
Querendo ou alegria, que ora sente,
Comigo se reparta.
Generosa amiguinha ingênua e pura!
Folgo também com vê-la assim contente.
Mas... de quem é a carta?
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O Alívio das histórias do Mulá Nasrudin Um dia, um cavaleiro parou diante da casa do mulá Nasrudin, chamou-o e disse;
- Velho lhe trazer uma notícia muito triste. Estou chegando de Damasco. Seu irmão está morto!
Nasrudin ficou profundamente emocionado pela triste notícia. Deixou-se cair sobre um banco de pedras do seu jardim, tomou a cabeça entre as mãos e começou a chorar. Sua mulher e os vizinhos se esforçavam, em vão, para confortá-lo, quando o cavaleiro voltou e disse:
- Peço que me perdoe. Eu me enganei de casa, quem morreu foi o irmão de Kassim, que mora lá embaixo. Adeus!
E o cavaleiro partiu a galope. Nasrudin levantou-se, suspirou profundamente e disse: - Ah, que alívio...
- Você ficou mesmo muito abalado – disse um vizinho. - É porque havia uma razão muito séria. Aquela notícia tinha me congelado o sangue... - E por que? - Como porque? Porque eu jamais tive um irmão!
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Não perturbe os camelos das histórias do Mulá Nasrudin
Nasrudin passeava num cemitério quando tropeçou e caiu numa velha sepultura. Já começara a visualizar como se sentiria caso estivesse morto quando ouviu um barulho. Passou-lhe pela cabeça que seria o Anjo do Juízo Final, mas era apenas uma caravana de camelos passando ali.
Nasrudin levantou-se de um pulo e caiu sobre uma mureta, assustando e espantando vários camelos. Os cameleiros vficaram muito irados, e lhe deram uma surra de vara. Nasrudin voltou para casa num estado deplorável. Sua mulher perguntou o que tinha acontecido e porque tinha chegado tão tarde.
- Estive morto, respondeu o Mulá. Sua mulher, apesar de aborrecida, se interessou pela experiência e perguntou que tal era a morte. - Não é muito ruim, a menos que você espante os camelos... aí eles batem em você!
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A sentença do juiz
das histórias sicilianas de Yufá ...mediante uma série de circunstâncias inacreditáveis, Yufá, que trabalhava nos campos, conseguiu um belo pedaço de carne, que levou para casa, dizendo à mãe dele: - Amanhã a senhora tem de vender tudo, pois preciso das moedas. A mãe concordou:
- Está bem, amanhã você volta para o campo e eu vendo tudo. Na noite seguinte, quando Yufá voltou para casa, perguntou à mãe: - Vendeu a carne? - Sim, forneci fiado para as moscas. - E quando nos pagam? - Quando puderem. Durante oito dias Yufá esperou que as moscas lhe trouxessem o dinheiro. Como não o traziam, foi até o juiz: - Senhor juiz, quero que seja feita justiça. Vendi carne fiado para as moscas e não me pagaram. O juiz, que conhecia a fama do tonto, resolveu tirar sua casquinha: - Tem razão. Minha sentença é que, assim que vir uma, está autorizadoa matá-la. Justamente neste instante poucou uma mosca no nariz do juiz, e Yufá... deu-lhe um soco esmagador.
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Um tapa
das histórias do Mulá Nasrudin
Nasrudin estava parado no mercado quando um estranho chegou até ele e lhe deu um tapa na cara, e depois disse:
– Ah, eu pensei que você fosse uma outra pessoa! Desculpe!
Essa explicação não satisfez Nasrudin, que então levou o estranho perante o juiz e exigiu uma multa como recompensa.
Nasrudin logo percebeu que o juiz e o réu eram antigos amigos. O homem admitiu sua culpa e o juiz deu a sentença:
– A multa para essa ofensa é de uma moeda de prata a ser paga pelo ofensor. Se você não tiver a moeda com você agora, então pode pagá-la ao ofendido quando for de sua conveniência.
Ao ouvir esta sentença, o réu saiu. Nasrudin ficou esperando ele voltar com o pagamento. Esperou e esperou, até que algum tempo depois foi até o juiz e disse:
– O Senhor Juiz pensa mesmo que uma moeda de prata é o pagamento correto e suficiente para um tapa na cara, sem mais nem menos, por engano?
– Sem dúvida – respondeu o juiz.
Ouvindo esta resposta, Nasrudin deu um magnífico bofetão na cara do juiz, e disse:
– O Senhor pode ficar com meu pagamento quando o réu voltar com ele. Assim dizendo, deu a volta e foi-se embora.
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Duas perguntas das histórias do Mulá Nasrudin Nasrudin pôs um cartaz em frente de sua casa, com estes dizeres; “Duas perguntas! Respostas para duas perguntas, sejam quais forem, por 300 dinares!” Um sujeito que tinha duas perguntas urgentes, e tinha ouvido falar da fama de Sábio do Mulá Nasrudin, foi até lá, entregou os 300 dinares e disse: - Aqui está o dinheiro... embora 300 dinares seja bem caro para duas perguntas, você não acha? - Acho sim – disse Nasrudin – e a segunda?
.................................................................... Cacaso Jogos Florais Minha terra tem palmeiras onde canta o tico-tico. Enquanto isso o sabiá vive comendo o meu fubá.
Ficou moderno o Brasil ficou moderno o milagre: a água já não vira vinho, vira direto vinagre.
Minha terra tem Palmares memória cala-te já. Peço licença poética Belém capital Pará.
Bem, meus prezados senhores dado o avançado da hora errata e efeitos do vinho o poeta sai de fininho.
(será mesmo com dois esses que se escreve paçarinho?)
.................................................................... Charles Chaplin Smile! ....................................................................
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